Olá professor(a) do Sistema Positivo de Ensino!

Falar de competências socioemocionais, é sempre um desafio não é mesmo? Costumo dizer por aqui que para quem se formou há mais de 5 anos e não estudou na graduação o documento da BNCC é um desafio e tanto incorporar as competências gerais na prática docente. 

E não é para menos, para falar dessa temática com propriedade é necessário um mergulho em si mesmo, na identificação das competências docentes e como elas se atrelam a prática docente. Vejamos esse diagrama abaixo: 

 

Diagrama sobre as aprendizagens socioemocionais na prática docente.  

Ao olharmos essa figura, fica muito claro que grande parte do trabalho das competências socioemocionais em sala de aula parte de um entendimento individual sobre a temática para então podermos partir para a prática. Não tem escapatória, é preciso mergulhar em si mesmo, identificar os conceitos que são claros e se arriscar na aprendizagem daqueles que ainda precisamos exercitar. 

Nós, do Sistema Positivo de Ensino acreditamos que a educação pode – e deve – ser algo interessante e significativo, e para isso, termos como base alguns documentos que nos apoiam nesse sentido. Um deles é a BNC que contempla três eixos que vão nortear a formação inicial e continuada dos docentes da educação básica de todo o país: conhecimento, prática e engajamento, nesse sentido, sabemos que o conhecimento e aprendizagem contínua são subsídios para uma boa prática docente.  

Para lidar com um mundo repleto de impermanências, nada melhor do que estar em constante atualização e esse artigo te ajudará a entender um pouco mais sobre as competências socioemocionais e a importância de nos ambientarmos com essa temática dentro da dinâmica da sala de aula. Muitos professores as vezes se sentem desconfortáveis com o fato de precisarem abordar as competências socioemocionais em sua prática, topam o desafio de pensarmos de forma diferente sobre essa realidade?   

Quando conseguimos reconhecer as interconexões de sermos capazes de lidar com as impermanências e nos sentirmos a vontade com a ambiguidade e persistirmos mesmo em tempos difíceis isso nos coloca em uma visão mais otimista de como enfrentar os desafios na prática docente e a escola é onde podemos aprender e aprimorar essas competências, segundo documento recente da OCDE traduzido pelo instituto Ayrton Senna.

OCDE.pdf

Segundo este documento, “as escolas do futuro precisam ajudar os estudantes a pensarem por si próprios e a se unirem, com empatia, no trabalho e na cidadania. Elas são os espaços onde os alunos podem aprender a se motivar e organizar a sua própria aprendizagem, onde os professores estimulam a sua curiosidade e desenvolvem e canalizam a sua criatividade, iniciativa social e entusiasmo. A escola é onde os estudantes podem aprender a interagir com seus colegas e professores, preparando-se para o mundo que os espera fora da sala de aula. Onde os estudantes aprendem quais são suas qualidades e o como podem se beneficiar delas quando buscarem se inserir no mercado de trabalho ou avançar em seus estudos.” 

Como então podemos criar ambientes mais engajadores dentro do complexo cenário da escola? 

Falar de competências socioemocionais é olhar para a base do bem-estar e do desempenho acadêmico dos estudantes, como então torná-la visíveis, comparáveis? Traremos aqui uma resenha sobre alguns pontos observados nesse documento que podem ajudá-lo no seu repertório docente, vamos lá? 

Nos últimos anos a OCDE tem explorado várias maneiras de monitorar competências utilizando métodos de avaliação direta e autorrelatos, trata-se de um esforço internacional mais abrangente até o momento para coletar relatórios de estudantes, pais e professores sobre as competências socioemocionais de alunos de 10 e 15 anos de idade. É interessante ver por exemplo a relação entre desempenho acadêmico e bem-estar e o quanto o desenvolvimento está interconectado entre competências cognitivas e socioemocionais ao longo da vida. 

Percebe-se, no entanto, que ao contrário da aprendizagem acadêmica , quando pensamos em competências socioemocionais não há como prever uma avaliação ascendente ou constante, pois  

No entanto, No entanto, ao contrário da aprendizagem acadêmica, o desenvolvimento das competências socioemocionais nos estudantes não segue uma tendência ascendente constante. Um resultado EDITORIAL 6 7 impressionante, mas não inesperado, da pesquisa, é que todos os jovens de 15 anos, independentemente de seu gênero e origem social, relataram competências socioemocionais mais baixas, em média, do que seus colegas de 10 anos. As avaliações dos pais e educadores confirmaram o enfraquecimento das competências socioemocionais à medida que os estudantes ficam mais velhos. Além disso, descobriu-se que a criatividade e a curiosidade dos alunos são menores entre os jovens de 15 anos do que entre os de 10. Embora os fatores de desenvolvimento possam desempenhar um papel relevante, nota-se que as diferenças relacionadas à idade no autoconceito criativo são muito mais pronunciadas entre as meninas do que entre os meninos (em contraste, isso não é verdade para a curiosidade intelectual, ou seja, a disposição emocional para a aprendizagem). Aos 15 anos, as meninas, em média, relatam uma criatividade significativamente menor do que os meninos. Já as avaliações dos pais e professores foram semelhantes entre os gêneros para ambos os grupos de idade. É possível que os meninos confiem demais em suas competências criativas, enquanto as meninas, em média, têm avaliações mais realistas. Mas se os adolescentes associam a habilidade criativa (“ter uma boa imaginação”, “encontrar soluções que os outros não veem”) aos homens mais do que com as mulheres, isso se refletirá em escolhas de carreira orientadas pelo seu gênero, em que menos meninas optarão por percursos de formação e, mais tarde, profissões, em que elas imaginam que a competência criativa seja necessária