Olá professor e professora!
Toda família quer ver sua criança feliz, obviamente. E para isso, às vezes economizam no “não”, visto que a reação da criança ao ter um pedido negado é o choro, a birra, a raiva, ou seja, sentimentos associados à frustração, ou infelicidade. E isso dói no adulto. Ninguém quer ver o seu ser tão pequeno, tão amado, tendo esses sentimentos infelizes.
Embora seja difícil dizer “não”, é essencial que a família encare isso como uma obrigação que não deve ser ignorada. Caso contrário, a criança pode se tornar alguém que não lida bem com frustrações. Quando essas situações ocorrem, a reação emocional dela será muito mais forte do que a de uma criança que já aprendeu a lidar com os diversos “nãos” que encontramos ao longo da vida.
Já percebemos, portanto, que o “não” é essencial para o desenvolvimento da criança e deve ser empregado apenas quando realmente necessário. Mas como saber o momento adequado para dizer “não”?
Não há uma fórmula exata para as negativas, e sim um processo que varia de acordo com cada situação. Para decidir quando é apropriado dizer “não”, as famílias devem refletir sobre os objetivos que têm para seus filhos, considerando os valores e, acima de tudo, que tipo de adulto eles querem que a criança se torne.
Dessa forma, torna-se mais fácil identificar quais comportamentos precisam ser incentivados, quais são inaceitáveis e corrigir a criança sem sentir culpa. A raiva e a tristeza serão inevitáveis neste processo, e o que pode ajudar a amenizar esses sentimentos? Uma das melhores formas é usar a literatura.
A leitura é uma atividade prazerosa que oferece uma variedade de benefícios tanto para adultos quanto para crianças. Entre esses benefícios, destaca-se o aumento do conhecimento cultural, o fortalecimento das relações familiares, o desenvolvimento do pensamento crítico e a promoção da empatia. Além de tudo isso, auxilia na educação e no desenvolvimento das crianças. Com uma linguagem acessível, lúdica e condizente com o universo infantil, esses livros são ferramentas valiosas para abordar temas mais complexos e também para ajudar na rotina diária dos pequenos.
Para finalizar, gostaria de deixar uma sugestão de leitura que é o livro “A raiva”, de ilustrações e texto da Blandina Franco. Neste livro, que foi Prêmio Jabuti em 2015, a raiva começa pequenininha e vai aumentando, aumentando, até explodir! De forma muito lúdica, em uma leitura para a família realizar diversas vezes com as crianças, este livro é para todas as idades, demonstrando com bom humor como entender o sentimento é fundamental para lidar com ele.
Professora, professor: o que achou do conteúdo, faz sentido para as famílias dos seus alunos neste ano? Compartilhe suas impressões nos comentários.
Atenciosamente, Karoline Marianne Barreto
Adriana de Araújo Franco Padilha
Este assunto é de grande importância para nós professores e famílias dos alunos que trabalhamos, pois nos fundamenta quanto aos limites necessários. Agradeço pelo apoio.
Wanusa de oliveira camargos
Infelizmente a ausência dos pais acabam sendo compensadas com as permissões demasiadas, e os maiores prejudicados são os seus filhos que estão vivendo em bolhas sem saber lidar com as frustrações.
EDILÉIA LIMAM MORÃO
Tema muito relevante para as famílias e escola. Pois estamos diante de uma sociedade alheia ao não. Estamos formando cidadãos incapazes de lidar com essa palavrinha tão fundamental para formação humana.
KAROLINE MARIANNE BARRETO
Que bom que gostaram do tema, professoras! Também acho extremamente relevante e ao mesmo tempo tão delicado tratar disso. Mas, necessário!