Olá professor e professora!
Pode parecer um pleonasmo, mas essa frase carrega uma verdade essencial. Muitas vezes, encontramos práticas em sala de aula que divergem dessa ideia, priorizando o domínio completo do código alfabético antes de permitir que as crianças pratiquem a escrita. No entanto, o nosso sistema de ensino incentiva as tentativas de escrita, mesmo antes de a criança atingir a fase alfabética. Por isso, desde a Educação Infantil, nossas atividades incluem propostas de escrita espontânea que promovem a exploração da linguagem desde cedo.
O que é a escrita espontânea?
A escrita espontânea é a capacidade de escrever livremente, sem medo de errar. Ao escrever espontaneamente, a criança reflete sobre o código alfabético e formula suas próprias hipóteses a respeito de como cada palavra é construída. Nesse processo, o apoio do adulto é fundamental, pois ajuda a criança a ganhar confiança, permitindo que continue a explorar e evoluir em suas tentativas de escrita. Cada registro, por mais “errado” que pareça, é um avanço significativo no processo de alfabetização.
Por isso, durante essa fase de familiarização com o código alfabético, evitar correções diretas é essencial. Elas podem gerar insegurança, conflitos de pensamento e até bloqueios emocionais, além de transmitir a falsa ideia de que o “erro” é mais relevante que o esforço e o raciocínio da criança. Portanto, professor (a), planeje momentos frequentes para que as crianças apresentem suas ideias por meio da escrita, mostrando o quanto você se importa com cada um desses registros. Sua postura diante dessas atividades será crucial para que elas desenvolvam apreço pelo universo da leitura e da escrita.
Bruna Fachini (Especialista Pedagógica)