Olá professoras e professores!!
Você já percebeu a quantidade de perguntas que existem nas páginas do nosso material, especialmente no início dos capítulos? Talvez já tenha até se questionado: “Por que tantas perguntas sendo que nem há linhas para as respostas?” Acredite, elas estão ali intencionalmente e têm um propósito importantíssimo para a aprendizagem dos seus alunos.
O ensino mecanicista — do qual muitos de nós (a geração que esteve na escola há 20, 30, 40 anos) fizemos parte — não começava um novo conteúdo com perguntas. Pelo contrário, abríamos os livros e logo encontrávamos as respostas. Por exemplo: você se lembra de como aprendeu sobre fotossíntese? Provavelmente, abriu a primeira página do livro e, de imediato, leu algo como: Fotossíntese é um processo autotrófico que ocorre em plantas, algas e certas bactérias, no qual a energia luminosa é convertida em energia química (em forma de açúcares), e o dióxido de carbono é transformado em oxigênio.
Pois bem, em nosso material, para chegar ao conceito de fotossíntese com os alunos, começamos de outro jeito: usamos um repertório diversificado. Trabalhamos uma fábula; conversamos sobre a interação entre os seres vivos no texto; os estudantes refletem em grupo sobre os alimentos que consomem; pesquisam a origem desses alimentos; discutem a formação de um ecossistema e, só então, chegam ao conceito de fotossíntese. E por que são essenciais tantas reflexões anteriores? Será que não estamos perdendo tempo com tudo isso? Não seria melhor ir direto ao ponto?
A questão é que valorizamos o processo cognitivo pelo qual cada aluno deve passar para entender como cada conceito foi construído e de que forma este conceito será usado pelas pessoas. Essa estratégia ajuda a promover conexões com diferentes contextos que são tão importantes no processo de consolidação da aprendizagem.
Relembre as suas experiências escolares:
- Quais são suas maiores lembranças da escola?
- Você se lembra mais das aulas de gramática ou das brincadeiras da hora do recreio?
- Lembra-se mais de uma questão da prova ou das conversas engraçadas com a professora?
- Lembra-se mais dos conceitos sobre o sistema respiratório ou daquela experiência incrível sobre respiração que fez na feira de ciências?
Provavelmente, você se recorde mais das experiências vividas do que dos conceitos oferecidos deliberadamente pelos professores na sala de aula.
E isso acontece porque estudávamos (ou decorávamos) os conteúdos apenas para o momento da avaliação e, na semana seguinte, tudo era rapidamente esquecido, o famoso “deu branco”.
O Sistema Positivo acredita que, para aprender de verdade, é preciso vivenciar, explorar, investigar, relacionar, conversar, duvidar e, por isso, nem sempre teremos as respostas na ponta da língua (ou nas páginas do material).
Hoje, professor(a), não precisamos mais entregar as respostas certas, mas sim fazer as perguntas certas (a Inteligência Artificial está aí para nos mostrar que só boas perguntas nos conduzem a boas respostas). Vivemos em uma sociedade, em que as informações correm numa velocidade absurda. Nosso desafio é entender a consistência do que está sendo oferecido e sua intencionalidade para nos posicionarmos com segurança.
Mas de nada adianta perguntar se não estivermos dispostos a ouvir, não é mesmo?
É preciso escutar o que essa nova geração tem a dizer Só assim abriremos um verdadeiro canal de comunicação, em que a interação deixará de ser de quem ensina para quem aprende e se transformará em um espaço no qual todos ensinam e todos aprendem.
Bruna Fachini (Especialista Pedagógica)
Celiane
A pergunta é mais importante que a resposta! Precisamos saber fazer a pergunta !
🫶🏻🫶🏻🫶🏻🫶🏻🫶🏻
Valdirene Paulino de Oliveira
Verdade,precisamos escutar os nossos pequenos e por muitas vezes aprender com eles as suas vivências.