O direito de participar das propostas pedagógicas deve ser garantido para todas as crianças, sejam essas propostas presenciais ou remotas, não é mesmo?
Ao planejar, nós professores, sempre temos a preocupação de propor possibilidades de experiências, que despertem o interesse dos bebês e das crianças.
Além disso, nossas propostas pedagógicas precisam promover a interação, a comunicação e a imaginação.
Sabemos que cada criança é um ser único, com suas particularidades e especificidades. Por este motivo precisamos pensar em um planejamento voltado para a criança como centro do processo educativo.
Desta maneira, ao pensar nas diferentes deficiências, faz-se necessário pensar em suas especificidades e lembrar que diferentes crianças com uma mesma deficiência poderão se diferenciar em diversos aspectos, e por isso não é possível generalizar. Cabe a nós professores, conhecermos a nossa criança, suas potencialidades e suas fragilidades. Cabe reforçar que se entende por pessoa com deficiência (PCD) aquelas com síndrome de Down, com deficiência física, deficiência auditiva, deficiência visual, deficiências múltiplas, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e altas habilidades, entre outras.
Para conhecermos a nossa criança, será necessário fazermos um diagnóstico detalhado e propor situações de aprendizagem que sejam significativas e que se adequem à realidade da criança.
E agora, depois do diagnóstico, quais estratégias devo utilizar?
Abaixo, elencamos um resumo das sugestões pontuadas no documento elaborado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Como a deficiência física apresenta muitas variações, deve ser analisado cada caso. É essencial conhecer a criança, suas potencialidades, para propor situações que não esbarrem em barreira física e atitudinal, por exemplo.
Para a criança com deficiência auditiva, poderá propor situações em que se utilizem objetos, imagens, fotografias, entre outros recursos visuais.
Já para as crianças com deficiência visual poderá considerar as propostas que sejam realizadas por meio de aplicativos e recursos de áudio.
Para as crianças com deficiência intelectual, poderá envolver vários e diversificados estímulos, bem como, música, vídeo e imagens.
Pensando na parceria família e escola, quais dicas poderemos sugerir para as famílias?
Considerados o diagnóstico e as estratégias para cada caso, ainda assim as crianças precisarão do apoio contínuo da família. Você, professor, poderá registrar em uma carta, a importância deste apoio e sugerir algumas dicas:
- Considere o estabelecimento de uma rotina junto com a criança.
- Respeite o tempo de sua criança para a realização de todas as ações do dia.
- Observe atentamente as reações da criança e percebendo irritação ou cansaço, identifique a causa e proponha ações relaxantes.
- Lembre-se que apoiar a criança, não é fazer por ela. É incentivar a autonomia e a participação nas tarefas diárias.
- Outra dica importante, queremos apoiar as crianças no processo de realização das propostas e não no produto final. Por este motivo a forma como a criança pensou para realizar algo, é mais importante que o resultado final. Caso a criança não faça exatamente como o esperado, tudo bem, porque precisamos respeitar este tempo para a construção do conhecimento.
Mas o que propor? O que não poderá faltar?
A coleção da Educação Infantil está recheada de ideias e possibilidades que poderão ser adequadas para cada caso. Vamos indicar:
- Leitura ou a contação de histórias diariamente;
- Brincadeiras tradicionais;
- Construção de brinquedos;
- Realização de experiências;
- Brincadeiras de faz de conta;
- Desenhos e pinturas com diferentes riscantes (lápis, giz de lousa, giz de cera, carvão, canetão) e suportes (papel, papelão, lousa, madeira);
- Ouvir músicas, dançar e dramatizar.
- Conversas, diálogos… em todas as situações!
Um tempo de qualidade para estar junto em família, realizando os afazeres cotidianos tais como, arrumar a cama, arrumar a mesa, arrumar as roupas no armário, guardar os brinquedos, entre outros.
Para saber mais:
O DIVERSA é uma iniciativa do Instituto Rodrigo Mendes (IRM) em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e diferentes organizações comprometidas com o tema da equidade. O objetivo é apoiar redes de ensino no atendimento de estudantes com deficiência em escolas comuns. Acesse: https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/
Eliane Sousa de Paula
Concordo plenamente nós professores devemos dar todo o suporte para os nossos alunos , inclusive os que tem dificuldades ou que tem algum tipo de deficiência é nosso dever acolher a todos com muito amor e carinho e principalmente com respeito.
Tatiane Sprada
Olá professora Eliane, tudo bem?
Nós também acreditamos que o AFETO e o RESPEITO são fundamentais no processo educativo de nossas crianças. O olhar atento e a escuta ativa dos professores fazem toda diferença neste processo.
Obrigada por seu comentário.
Grande abraço!