Olá, professores e professoras, tudo bem?
Em maio de 2024 o Brasil foi surpreendido com as notícias das enchentes no Rio Grande do Sul, onde temos escolas conveniadas, famílias de alunos e professores que ainda estão sendo afetados pela tragédia.
As notícias são veiculadas 24 horas por dia pelos mais diversos meios de comunicação, e em todo o país há mobilizações para captar doações, inclusive nas escolas. Enquanto temos aulas suspensas e reconstrução no Rio Grande do Sul, enxergamos solidariedade e manifestações de carinho nas escolas parceiras no país todo.
E as crianças são curiosas, e podem estar perguntando em sala de aula sobre o assunto, não é mesmo? É, talvez, a maior tragédia nacional até agora que esses pequenos estão vivenciando (porque todos nós sofremos junto) na vida deles.
Mas, como abordar da melhor maneira em sala de aula se a turma demonstrar interesse?
A principal ação é o ACOLHER, com olhar atento e escuta ativa para que a criança se sinta segura em expressar seus sentimentos e ter suas emoções validadas.
Portanto, respeitar o limite da conversa até onde a criança quer falar e validar as suas emoções com sensibilidade é fundamental.
Além disso, os pequenos podem manifestar medo, ansiedade e preocupação com o que estão presenciando nas notícias e ter receio de que aconteça o mesmo com eles. Nesses casos, os adultos devem estar atentos para oferecer conforto e explicar que eventos como esses são atípicos, ou seja, não são esperados que aconteçam. Ainda mais, reforçar a importância da solidariedade e que existem pessoas no Brasil inteiro trabalhando para ajudar as vítimas. Inclusive, construir com elas uma forma de ajudar. Expor algumas ideias, como cartas com desenho, uma foto de um cartaz pelas redes sociais, até chegar nos abrigos, ou ainda uma ação de coleta de doações que as crianças ajudam na divulgação da campanha pode proporcionar um sentimento de empatia e proatividade, causando conforto nas crianças.
E no caso de crianças que vivem a tragédia, e você está apoiando em abrigos, é professora de uma escola conveniada, ou no retorno, o que falar?
De acordo com a UNICEF, algumas instruções para a proteção das crianças podem ser úteis:
- Orientações para proteção de meninos e meninas
- Quando conversar, procure manter a calma e respirar. As crianças sentirão o mesmo que veem em você.
- Em caso de evacuação do local onde moram, explique brevemente o que vai acontecer. Se as condições permitirem, deixe que fiquem com um objeto especial, como um brinquedo.
- Pergunte o que a criança sabe sobre a situação e ouça o que ela tem a dizer. É provável que ela repita muitas vezes o que pensa. Diga que as perguntas são importantes.
- Se a criança não quiser conversar, não a pressione. Se chorar, não peça para parar ou reprimir as emoções. O choro é uma forma saudável de descarga emocional.
- Se estiver em um abrigo, veja se é possível reservar um espaço para que as crianças brinquem em segurança.
- Lembre-se de que você também está sob estresse emocional. Cuide-se para poder dar apoio aos pequenos. Compartilhe o que sente com outras pessoas.
Por último, A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul recomenda a doação de brinquedos, materiais lúdicos e livros para colorir, proporcionando às crianças a oportunidade de preservar sua infância e expressar suas emoções por meio do brincar.
Confira pontos de coleta de doações comprometidos na sua cidade, e juntos, vamos preservar nossas crianças!