Olá professor e professora!
A prática de ler e contar histórias nas instituições de educação e ensino, planejada pelo professor, permite que a criança desempenhe o papel de ouvinte e, desperte o gosto pela literatura lida ou narrada.
O narrador ou contador, se utiliza da própria voz e da expressão corporal; já a leitura de histórias, são narrativas tendo o livro como recurso principal, não apenas contador, mas leitor, aquele que empresta a voz para o autor.
A prática de ler e contar histórias possibilita às crianças e adultos, sentimentos e emoções, fantasia e imaginação. Para Busatto (2008),
[…] ao contar histórias, atingimos não apenas o plano prático, mas também o nível de pensamento e, sobretudo, as dimensões do mítico-simbólico e do mistério, […] formamos leitores, valorizando etnias, mantemos a história viva e nos sentimos vivos, encantamos e sensibilizamos o ouvinte ao estimular o imaginário, a articular o sensível, a tocar o coração, a alimentar o espírito e resgatar significados para a nossa existência […]. (BUSATTO, 2008, p. 45-46).
A autora ressalta as condições para ler e contar histórias, as quais o professor prevê e planeja: reconhece os elementos do texto, os personagens, os momentos de conflito – que merecem maior entonação de voz – e os movimentos corporais.
Reyes (2011) afirma sobre a literatura, “que alimentarão o mundo interior das crianças e lhes darão as chaves secretas para descriptografar muito sobre sua própria vida e sobre as emoções, sonhos e pesadelos sobre fantasia e realidade”.
A educadora complementa: “Quando você for ler literatura para uma criança, deixe-se tocar pela linguagem cifrada e misteriosa dos livros. Todo o resto virá depois”. (REYES, 2011)
Esses momentos podem gerar, dentre outras capacidades psíquicas, a imaginação e a memória. A imaginação, segundo Vigotsky (2009) relaciona-se diretamente a ação criadora e propicia ao ser humano a capacidade de resolução de conflitos e problemas complexos. A medida em que a criança possui mais experiências, conhecimentos e descobertas, mais rica é a imaginação. Deste modo, a imaginação está absolutamente ligada às experiências e é capaz de transformar ideias, imagens e combiná-las de maneira nova.
Segundo Sampaio (2016, p.64) como terceira forma de pautar a realidade à imaginação, “o sentimento está diretamente ligado às criações. As imagens são as principais responsáveis por essa relação e os livros de literatura despertam sentimentos e sensações, já conhecidos pela criança, o que os tornam fascinantes.”
Para Vigostsky (2009) a quarta relação, apresentada pelo autor, acontece quando a imaginação se torna realidade. Essa quarta forma de pautar imaginação e realidade nada mais é que a aproximação de ideias reais se internalizando de modo lógico, que acontece ao criar uma ideia.
A imaginação da criança vai se aprimorando a medida em que ela recebe o acesso aos bens culturais, pois promove alicerces sólidos para que ela desenvolva amplamente sua capacidade criadora. A literatura infantil é primordial nas atividades de leitura e de contação de histórias. O texto literário provoca a criança, emocional e intelectualmente (FARIA, 2010).
Segundo a educadora Yolanda Reyes, “assim como o leitor adulto procura muito mais que ensinamentos explícitos quando lê um romance, o leitor infantil busca na literatura muito mais que um ensinamento moral. A literatura se move na esfera do simbólico e apela à experiência profunda dos seres humanos”. (REYES, 2011)
O professor tem a função essencial de ofertar práticas de leitura para e com as crianças objetivando o desenvolvimento do comportamento leitor, da ampliação de vocabulário, e da capacidade de imaginação.
Sendo assim, o educador que amplia seu repertório, conhece melhor e por conseguinte escolhe melhor as possibilidades de leitura e contação de histórias.
Por esse motivo, convidamos vocês a conhecerem a Maralto, o selo de literatura da Arco Educação, que oferece o Programa de Formação Leitora para estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio em escolas de todo o Brasil. O compromisso é formar um país de leitores. Consulte o catálogo premiado no site e conheça as possibilidades de um trabalho literário imersivo e de qualidade: https://maralto.com.br/
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Grande abraço! Tatiane Sprada (Especialista Pedagógica)
REFERÊNCIAS
BUSATTO, C. Contar e Encantar: pequenos segredos da narrativa. Petrópolis: Vozes, 2010.
FARIA, M. A. Como usar literatura infantil na sala de aula. 5.ed. São Paulo: Contexto, 2010.
REYES, Yolanda. Como escolher boa literatura para crianças? Buscando critérios para a escolha de livros. Revista Emília. 2011.
VIGOTSKI, L. S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico. São Paulo: Ática, 2009.
Francisnete
Sem sombras de dúvidas, a leitura perfeita é aquela que encanta e prende a atenção das crianças. E a literatura traz essa mágica de despertar o interesse das crianças pela leitura de forma lúdica e prazerosa.
Tatiane Sprada
Obrigada pelo comentário professora. Ficamos felizes em saber que gostou do nosso post! Grande abraço.
Anne Gabriely
Amo contar história aos meus pequenos leitores. Vejo a literatura como um dos instrumentos fundamentais no processo da alfabetização.
Tatiane Sprada
Isso mesmo professora, a literatura é imprescindível no trabalho com a alfabetização e o letramento. Agradecemos seu comentário. Grande abraço!
Maria Auxiliadora J. Abrão
A leitura de bons livros além de ajudar na comunicação, no desenvolvimento da escrita, abre um horizonte de possibilidades de escolhas para a vida do aluno, aumenta o horizonte e perspectivas de almejar algo novo na vida e conhecer outras realidades…