Fala, Profs! Muita correria no início das aulas por aí?
Em busca de trazer uma boa reflexão para este começo de ano letivo e valorizando que, nesta semana, 11 de fevereiro, temos o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, nossa conversa hoje será sobre as possibilidades de utilização do tema ao longo do ano letivo.
Ao longo da história, as mulheres sempre estiveram presentes na construção do conhecimento científico, mas muitas vezes seus feitos foram invisibilizados. Desde pioneiras como Marie Curie até pesquisadoras contemporâneas, as cientistas desafiaram barreiras e contribuíram significativamente para áreas como medicina, tecnologia, engenharia e ciências exatas. No Brasil, figuras como Nise da Silveira e Jaqueline Goes de Jesus mostram que a ciência tem, sim, um forte DNA feminino. No entanto, ainda há desafios a serem superados, como a baixa representatividade de mulheres em determinadas áreas e a desigualdade de oportunidades.
Diante desse cenário, essa pauta se torna relevante, principalmente no chão das nossas escolas. A busca por oportunidades e o conhecimento das mulheres que impactaram grandes momentos da história aparecem menos do que o necessário. Sendo assim, falaremos agora sobre algumas dessas mulheres, algumas mais conhecidas que outras, mas todas com grandes contribuições para o desenvolvimento da nossa história.
- Marie Curie, pioneira nos estudos da radioatividade e primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel.
- Katherine Johnson, matemática da NASA que contribuiu para os cálculos das primeiras missões espaciais tripuladas.
- Ada Lovelace, considerada a primeira programadora da história.
- Bertha Lutz, cientista brasileira e defensora dos direitos das mulheres na ciência.
- Dorothy Vaughan, engenheira e matemática que revolucionou os cálculos da computação na NASA.
- Rosalind Franklin, química que contribuiu para a descoberta da estrutura do DNA.
- Nise da Silveira, psiquiatra brasileira que revolucionou o tratamento de doenças mentais com abordagens humanizadas.
- Sonia Guimarães, física brasileira, primeira mulher negra a lecionar no ITA.
- Jaqueline Goes de Jesus, biomédica que coordenou o sequenciamento do coronavírus no Brasil.
Falando agora um pouco sobre as possibilidades de discussão ao longo do ano, podemos incentivar a inserção das meninas em debates sobre ciências, a criação de grupos de estudos para olimpíadas femininas, sessões de filmes e séries, grupos de leitura, podcasts e colunas no jornal escolar com destaque para diferentes figuras do cenário. Além disso, dentro da nossa sala de aula, é possível trabalhar o tema de forma interdisciplinar. Aqui ficam algumas dicas:
📌 Matemática (8º e 9º anos): Trabalhar estatísticas sobre a presença feminina na ciência e no mercado de trabalho.
📌 História (7º ao 9º anos): Analisar o papel das mulheres na Revolução Científica e ao longo da história.
📌 Artes (6º ao 9º anos): Criar ilustrações ou exposições sobre grandes cientistas.
📌 Geografia (8º e 9º anos): Discutir a distribuição de recursos e o acesso das mulheres à educação científica no mundo.
Em relação a filmes, uma boa pedida para a sala de aula é Estrelas Além do Tempo. Você já assistiu, prof? O filme retrata o papel fundamental de três mulheres negras no lançamento do primeiro foguete pela NASA, falamos delas logo acima. A produção é excelente para retratar o cenário da atuação feminina nos EUA no século passado, além de trazer uma infinidade de possibilidades dentro das ciências, seja pelo fato de explorar o lançamento de foguetes e programação, seja pelo contexto histórico e o grande embate da Guerra Fria. (Oi, prof de História e Ciências! Bom momento para trazer aquela interdisciplinaridade, hein?). Além do filme, é possível encontrar também o livro Hidden Figures: Desafio Além do Tempo.
Para as meninas que gostam de participar de Olimpíadas do Conhecimento, é sempre importante salientar que há diversas competições dedicadas ao público feminino, com grande fomento por parte do Movimento Meninas Olímpicas:
🏅 Quimenina – Olimpíada Nacional Feminina de Química (9º ano)
🏅 Torneio de Física para Meninas (8º e 9º ano e Ensino Médio)
🏅 Torneio Meninas na Matemática
Então, por hoje é isso, profs! Abaixo, deixo alguns links que podem ajudar a expandir seu repertório sobre o tema. Me conta nos comentários: quais movimentos você já faz em sala de aula para debater esse tema? Ou quais ideias surgiram durante a leitura?
Um forte abraço e um excelente início de ano letivo para você!
Links complementares:
🔗 Pesquisadoras revelam os desafios das mulheres para fazer ciência – Jornal USP
🔗 Mulheres na ciência: conheça 8 cientistas que fizeram história – National Geographic Brasil
Maria Jardiana da Silva
Maravilhosa iniciativa!
Marikda
Amei este artigo! Inspirou minhas práticas.