Olá, professoras e professores!

Você lembra da sua juventude? Da sua adolescência? O que mais marcou esse período tão especial e intenso de suas vidas? Como eram as aulas e como era a sua relação com a escola?

Esses questionamentos nos ajudam a entrar em contato com aqueles que um dia fomos. Permeados de boas lembranças (e algumas ruins), somos levados a refletir sobre a juventude que tivemos (ou ainda temos). E em sala de aula somos convidados a revisitar essa fase tão importante dia após dia, por meio do contato com nossos estudantes.

O conceito de juventude é visto como algo construído historicamente, socialmente e culturalmente, na qual a adolescência é vista como a etapa biológica e hormonal da transformação dos indivíduos entre a infância e a vida adulta. Por isso, nas ciências humanas e sociais existe a utilização do termo JUVENTUDE.

O historiador Eric Hobsbawm em sua famosa obra “A Era dos Extremos”, defende a ideia de que a juventude é vista a partir de sua historicidade, com a consolidação do conceito a partir da metade do século XX, apoiado em três fenômenos básicos: a identificação dos jovens com o esporte, a relação com a economia de mercado e a internacionalização deste, levando a existência de uma cultura jovem global.

Porém, falar da existência de uma única cultura jovem global é anular as diferentes experiências e identidades ao redor do globo, por isso, atualmente se entende esse conceito como múltiplas juventudes, recheadas de aspectos culturais identitários que envolvem o lugar, classe social, momento histórico vivenciado e tantos outros fatores.

Mesmo com tantas diferenças, existem aspectos em comum, como a busca pelo protagonismo e a integração em grupos sociais, o reconhecimento identitário e as dúvidas causadas pelo período de transformação social e hormonal vivenciado, e a adaptação a um novo modo de viver a vida: a transição para a vida adulta.

Esses aspectos, vistos muitas vezes como desafios, também devem ser desenvolvidos pelos professores em sala de aula, com o objetivo de auxiliar e guiar os jovens estudantes nesse processo. Por isso, a temática identitária e protagonista é também defendida pela BNCC como algo a ser trabalhado na etapa do Ensino Médio.

Considerada uma temática transversal, ela aparece nos diferentes componentes curriculares visando a identificação dos jovens estudantes com o material didático. Em Sociologia, ao tratar das identidades culturais o assunto é refletido assim como em Arte no Itinerário Formativo I, que trabalha a temática “Identidades com Arte”.

Neste itinerário, a sequência didática é construída com os estudantes trazendo aspectos como a “selfie”, o quarto como nosso lugar no mundo e as identidades reveladas nas ruas.

Com um trabalho integrado entre as diferentes áreas do conhecimento e a abertura dos(as) professores em relação a juventude e suas “peripécias”, todos saem ganhando. Os jovens estudantes conseguem se entender e aprender a se posicionar no mundo e nós, como docentes, reavivamos a juventude e o protagonismo que vivem dentro de cada um de nós.

Abaixo deixo em destaque as páginas mencionadas do Itinerário Formativo de Arte.

p. 6 - IFA 1 ARTE
p. 15 e 16 - IFA 1 ARTE
P. 31 - 33 - IFA 1 ARTE

Abraços, Phanie