Olá professoras e professores!!
Principalmente depois da pandemia, muitos professores compartilham da sensação de que as crianças estão mais dispersas, impacientes e desinteressadas. Você tem tido essas mesmas impressões?
Pesquisadores neurocientistas se dedicam muito a nos ajudar a compreender como o cérebro aprende de acordo com a faixa etária e o desenvolvimento cerebral. Com um trabalho interdisciplinar envolvendo psicologia da educação, pedagogia e biologia, já temos algumas afirmações que são unânimes entre os estudiosos, mesmo que seja um campo de pesquisa recente e, por isso, com muitas vertentes. Confira algumas delas:
- As funções executivas (atenção, memória de trabalho, controle de impulsos) melhoram progressivamente, permitindo maior capacidade de concentração e organização.
- As crianças começam a seguir regras mais complexas, mas ainda precisam de orientação e repetição.
- A capacidade de atenção sustentada melhora, permitindo períodos
- maiores de foco em atividades escolares.
- A memória de curto prazo (essencial para seguir instruções e resolver problemas) se expande, facilitando o aprendizado mais complexo.
- O armazenamento de informações na memória de longo prazo se torna mais eficiente, principalmente quando associadas a significados.
Mas, como potencializar a atenção sustentada e o uso da memória em sala de aula, diante de crianças, talvez, desmotivadas ou desinteressadas?
- As aulas podem ter atividades mais longas, mas ainda é necessário alternar momentos de concentração com pausas e movimento.
- Métodos como ensino por associação, histórias e esquemas visuais ajudam na fixação do conteúdo.
- Estratégias de revisão, como resumos e perguntas, reforçam a retenção da memória.
- O trabalho em equipe e as atividades cooperativas são essenciais para o desenvolvimento da empatia.
- A construção de um ambiente escolar positivo, com valorização das conquistas individuais e coletivas, fortalece a autoestima.
Achou interessante este assunto? Confira as bibliografias consultadas e leia suas obras completas.
- RUIZ MARTÍN, Héctor. Como aprendemos? Uma abordagem científica da aprendizagem e do ensino. Trad. Luciane Alves Schein. 3ª ed. Porto Alegre: Penso, 2024.
- SIEGEL, D. J., & BRYSON, T. P. O cérebro da criança: 12 estratégias revolucionárias para nutrir a mente em desenvolvimento do seu filho. Editora Planeta, 2016.
Ah! Ainda oferecemos aqui no site um Curso EAD sobre Neurociência, aproveite que é gratuito e oferece certificado de 20h.
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Por Karoline Barreto.
Meiry Uyeno
Muito obrigada pelaz dicas!
Muito válidas para a minha sala de aula.
Zaira Granemann de Souza Padilha
Ótimo conteúdo.
FABIANA ANDRADE
MUITO INTERESSANTE AS COLOCAÇOES APRESENTADAS.
Analice Perondi hank
Muito bom, Faço apenas uma observação, nos últimos anos, acredito que por conta do uso intenso de telas, as explicações mais longas não funcionam mais.
O tempo de concentração das crianças de 6 a 10 anos está cada vez mais reduzido.