Na sabedoria popular é muito comum a gente ouvir a expressão de que “criança arteira é sinal de saúde”, então nos habituamos a utilizar a expressão antiga para se referir às crianças mais bagunceiras, levadas, cheias de energia ou até desobedientes. Mas, você sabia que este adjetivo que parece inocente e tão habitual é pejorativo e devemos evitá-lo?

Ao associar a arte à travessura, bagunça ou traquinagem, vamos projetando nas crianças e nas famílias a noção de que a arte é um meio ou linguagem da diversão desenfreada, da expressão espontânea e desregrada ou ainda, somente um meio de extravasar as emoções. Assim, como consequência, no decorrer dos anos a criança e adolescente pode encarar a aula do componente Arte de sua grade horária da escola como o momento da aula vaga, da aula de desenho livre, de conversas aleatórias ou ainda de fazer bagunça porque associou desde muito pequeno a expressão “arteiro”, ou “fazer arte” com estes significados pejorativos.

Se vocês também já ouviram as famílias usarem a expressão “arteira”, então temos uma missão como educadores de, além de evitar as expressões, também realizar atividades para desconstruir o conceito e reconstruir uma noção de “criança artista” que valoriza a cultura, a diversidade de linguagens, a rotina da organização e limpeza dos utensílios, a criação direcionada, que pode ser muito divertida e ainda o desenvolvimento de habilidades socioemocionais! Confira as 5 dicas de atividades de Arte, baseadas nos materiais didáticos do Sistema Positivo de Ensino que possuem como objetivo enaltecer o fazer artístico, para serem realizadas em sala de aula ou direcionadas para casa.